quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Se você gosta de viajar, o México é o lugar!

Se você for ao México, prepare seus olhos e leve cartões de memória extras para sua câmera fotográfica. Há tanto o que ver que certamente elas voltarão no limite, a memórias dos olhos e a dos cartões. Por mais que eu tivesse pesquisado, comprado guias, me informado pela internet e lido depoimentos de pessoas que conheciam o país, seria impossível fazer uma ideia do que encontraríamos por lá. Eu e meu pai planejamos um giro de 13 dias pela Cidade do México, o que poderia parecer muito para uma única cidade, mas em se tratando de uma das maiores metrópoles do mundo, o muito se tornou pouco e os dias foram bastante intensos. A viagem foi, numa só palavra: espetacular!


O hotel, visto do Paseo de La Reforma

Saindo do Recife, os voos da TAM vão até São Paulo e depois sobem de volta, numa linha reta, para a Cidade do México. No total, dá umas 15 horas de viagem, contando a espera no aeroporto de Guarulhos para pegar a conexão. Em milhas, a passagem nos custou 80 mil (mais R$ 333 de taxas) e em dólares, 599 (mais taxas). Segundo um site de câmbio que consultei antes de viajar, com um real poderíamos comprar 6 pesos mexicanos, mas já no Aeroporto Benito Juárez fizemos nossa primeira conversão a 4,95 pesos. Depois disso, quando sacávamos nos caixas eletrônicos, saía a 4,25 ou ainda menos. Nosso primeiro contato com o preço das coisas no México foi a corrida de táxi até o hotel, que está a meia hora dali, e custou 200 pesos, ou mais ou menos R$ 50,00.
No Paseo de La Reforma, prédios modernos





O hotel foi escolhido pela internet. Escolhi um hotel que estivesse bem no centro da cidade, relativamente perto dos principais acontecimentos da capital do país, e que não fosse muito caro. Levei em conta também o fato de que ofereciam duas camas grandes (solteirão) no mesmo quarto, água quente no banheiro, aquecedor e café da manhã. O Hotel Reforma Avenue nos oferecia tudo isso, e o preço também vinha bem a calhar: R$ 130,00 por diária. Não nos arrependemos e, se havíamos pensado em ficar lá só nos primeiros dias, acabamos por passar toda a nossa estada ali mesmo. O hotel é bem antigo e popular. A tevê ainda é de tubo, há carpete no chão, mas é suficientemente confortável e fomos muito bem tratados.

A localização não podia ser melhor. O Reforma Avenue fica na Calle Donato Guerra, a uns poucos passos do Paseo de La Reforma, que é uma avenida com 12 quilômetros de comprimento construída em diagonal pelo imperador Maximiliano de Habsburgo ligando o Castillo de Chapultepec, onde ele morava, ao Palácio Nacional, sede do governo central. Ali estão alguns dos mais importantes monumentos da cidade, como o Anjo da Independência; Monumento à Revolução; Monumento a Cuauhtémoc; Estátua de Cristóvão Colombo; e Diana, a Caçadora, além de alguns dos prédios mais altos e mais modernos da capital.
Estátua de Cristóvão Colombo


"El Ángel de la Independencia"
Como turistas, também estávamos bem servidos, pois bem perto do hotel há um caixa eletrônico do Banemex (onde podíamos sacar moeda local), paradas de ônibus e metrobus (espécie de BRT local) e diversas opções de cafés, restaurantes e lojas de conveniência. Bem defronte ao hotel, no Paseo de La Reforma, há uma Sanborns, um enorme magazine onde além de loja de roupas, eletroeletrônicos, chocolates, cosméticos, discos, livros e jornais, funciona também uma farmácia e um restaurante, diariamente, até 1 hora da madrugada.



Señor Martin (direita) tornou-se um bom amigo
Ali mesmo, na porta do hotel, conhecemos o Senhor Martín, um motorista de táxi de turismo que se tornou nosso “amigo de infância”. Mexicano de Tlaxcala, aos 70 anos ele é só simpatia e boa vontade. Nos levou para passear e foi uma excelente fonte para dois jornalistas ávidos por informações sobre a história, a cultura e os acontecimentos mais recentes no México. Por $ 1.200 MXN, ou cerca de R$ 300,00 a diária, ele ficou à nossa disposição com seu carro, uma espécie de furgão bastante moderno e confortável. No primeiro dia ele nos levou a San Ángel, Coyoacán e Xochimilco.

Se você gosta de artes...


Em San Ángel, artistas expõem suas telas
Era um sábado e nesse dia há o famoso Bazar de Sábado em San Ángel, que é um bairro artístico que fica na delegación de Álvaro Obregón, ao norte da Cidade do México. É um lugar para se passar um dia inteiro curtindo as ruas em paralelepípedos e os muitos ateliês e galerias de arte, um mais lindo que o outro. Há lojinhas e restaurantes, além de uma tradicional praça onde os artistas expõem seus quadros, e uma feirinha de artesanato onde se encontram desde peças de prata até instrumentos musicais fabricados com cabaças e outros materiais naturais. Se você gosta de arte, San Ángel é o lugar. Mas prepare o bolso, porque ali os preços são próprios para os mais endinheirados.

Roupas e artesanato típico no Bazar de Sábado
O segundo destino do dia foi Coyoacán, outro bairro boêmio e conhecido porque lá morou o casal Frida Kahlo e Diego Rivera. Dos dois, não dá pra saber qual causa maior orgulho aos mexicanos. Frida é idolatrada e está em toda parte, da camiseta exposta na feirinha típica às prateleiras das melhores livrarias. Rivera, por sua vez, tem suas obras procuradas por turistas e admiradores diariamente nos vários palácios e museus onde imortalizou, por meio de seus murais, a própria história do México e as lutas dos trabalhadores por um mundo melhor. Na nota de 500 pesos, a segunda mais alta do país, ela está de um lado e ele do outro.





A Casa Azul, onde morou o casal Frida e Diego
A Casa Azul, onde morou o casal, é uma obra de arte em si. Além da cor, um azul profundo e chamativo, desperta o visitante por um fantástico jardim de cactos e palmeiras salpicado por esculturas astecas e declarações de amor de Diego a Frida inscritas em pequenos totens. A construção, em estilo moderno para a época (início do século passado), conserva os móveis e objetos de uso pessoal de Frida e Diego. Ali está o gosto que eles tinham pela arte popular. São dezenas de peças decorando cada cômodo da casa. A cozinha, revestida de azulejo azul e amarelo, ainda se mantém como quando habitada pelos artistas e seus amigos intelectuais e políticos. 
A cozinha, com toques artísticos em toda parte

Ateliê de Diego na Casa Azul, em Coyoacán

O ateliê, com as paletas de cores usadas por eles, a cadeira de rodas de Frida e a maleta de tintas aberta aleatoriamente, parece ter sido recentemente frequentado pelo casal. Todo rodeado por janelas de vidro e com a vista totalmente voltada para o jardim, o local não podia ser uma melhor fonte de inspiração artística. 
Quarto com a máscara de Frida feita por Diego


Adornos de cabelo e roupas de Frida



Os dois quartos de Frida são o ponto alto da visita à Casa Azul, ao menos para os fãs que já leram sobre a vida dela ou que pelo menos já assistiram ao filme de sua biografia. No primeiro está a cama em que ela morreu e onde até hoje está uma escultura do seu rosto feita por Rivera, envolta num poncho. As duas camas têm quatro colunas e uma espécie de coberta. Na primeira foi colocado um espelho e na segunda, uma coleção de borboletas, para que ela tivesse o que olhar em seus prolongados períodos de convalescença. 
Xochimilco é um lugar colorido e animado




Além de uma oferenda pelo Día de Muertos, estava havendo na Casa Azul uma exposição com os vestidos de Frida, os badulaques com que ela enfeitava o cabelo, os aparelhos e coletes ortopédicos que ela usava, as joias e até um batom e um lenço bordado que faziam parte de seu dia a dia.
As trajineras com nomes de mulheres se cruzam o tempo todo

Depois de uma hora e pouca respirando o mesmo ar que o casal mais famoso do México respirou, fomos para o último, mas não menos legal, passeio do dia: Xochimilco. É um lugar encantado, a mais ou menos 1 hora do centro da cidade, onde ainda existem mais de 100 km de canais e plantações flutuantes. Nestes canais, dezenas de barquinhos chamados de trajineras levam os visitantes para navegar. O charme é que todos os barquinhos são exageradamente decorados com flores e têm nomes de mulheres. Um ou outro passa com grupos de mariachis tocando seus instrumentos e entoando seus melosos boleros, de repente aparece uma canoa com vendedores de comidas e bebidas, de um outro lado surge um barco carregado de suvenires para o turista se deleitar, e assim se pode passar o tempo que quiser (eles cobram o passeio por hora: $ 600 MXN, mais ou menos R$ 140). Muitos mexicanos comemoram aniversário, despedida, casamento e até divórcio a bordo das trajineras de Xochimilco, o que torna o ambiente nos estreitos canais ainda mais colorido e animado.

Escolhemos ir no fim de outubro para vermos a Fiesta del Día de Muertos, a tradicional reverência que os mexicanos fazem a seus mortos numa comemoração que dura três dias e que pode ser comparada, guardadas as devidas diferenças motivacionais, ao nosso Carnaval. Uma semana antes dos dias dedicados aos finados, a cidade se enche de enfeites e suvenires com a famosa Catrina, o esqueleto de uma nobre senhora, elegantérrima, que ilustra todo tipo de produto, do chocolate à toalha de banho, da escultura de cerâmica ao pingente de prata. 
A Catrina e seu par, em talavera


Nesta época, fim de outono, o clima é bastante seco e como a poluição do ar é talvez a mais alta do planeta, é importante levar um bom carregamento de soro fisiológico ou qualquer outra substância umidificadora de olhos, nariz, além de protetor solar e hidratante labial. A secura do ar, somada à altura da cidade, que está 2.400 metros acima do nível do mar, nos faz respirar com um pouco mais de dificuldade e a gente termina se cansando mais facilmente também. A temperatura mínima, à noite, ficava entre 14 e 16 graus. Já durante o dia, chegávamos a sentir calor.

A comida mexicana, que eu sempre achei que gostava, me decepcionou um pouco. Além de muito apimentada, existe uma massa de milho coberta com um molho de chili verde que está em praticamente todos os pratos e que me repugnou desde o primeiro dia. Mas há gosto pra tudo, claro, e essa massa deve ser o básico dos básicos pro mexicano, do mais pobre ao mais rico, pois a encontramos em diversos pratos que experimentamos. 
As pessoas comem muito nas barracas de rua


Massa de milho com tomate, feijão e totopo
Massa de milho com chili, na maioria dos pratos

Gafanhoto frito, vendido na rua

Por outro lado, gostei do “totopo” (não sei se é assim que se escreve), que parece doritos e também acompanha diversos pratos; adorei o “mole poblano” (um molho que mistura pimenta e chocolate); a barbacoa, uma carne de carneiro com arroz atolado e grão de bico; a cecina de res, carne de boi cortada bem fininha com creme de feijão e abacate; e os doces em geral. Os pães, que comemos em excesso, eram sempre muito gostosos e bem feitos. 

Já o café, melhor nem comentar. A dica é procurar uma cafeteria e pedir um expresso, de preferência “doble”, se você gostar tanto de café quanto meu pai e eu. O “sencillo”, à moda italiana, é uma medida que mal dá para sentir o gosto de tão pequena. Ah, e se existe gosto pra tudo, por que não experimentar grilo frito ou tomar mezcal com vermes dentro?

Vale salientar que os preços não diferem muito dos que estamos acostumados a pagar, talvez até sejam um pouco mais em conta, considerando que são geralmente bastante bem servidos.


Os realejos são bastante tradicionais no México
Bom, o povo mexicano corresponde exatamente ao estereótipo que se faz lá fora do povo brasileiro: pessoas alegres, animadas, simpáticas e amorosas. Neste último quesito, aliás, pode-se dizer que são bastante expansivas. Vimos vários casais pelas ruas, tanto hétero quanto homossexuais, dando demonstrações de amor “muy calientes”. Numa área metropolitana onde vivem mais de 20 milhões de habitantes, chamam a atenção duas coisas interessantes: a quantidade de pessoas idosas circulando nos ônibus de linha (e correndo grande risco, pois não há assento suficiente para todos e os motoristas não são nada delicados na direção) e a estatura média das pessoas, que calculamos entre 1,50 e 1,65m. Fui ver no Wikipédia e parece que não erramos muito. Uma pesquisa calcula a média de 1,67m para os homens e 1,55m para as mulheres mexicanas.

As pessoas se comunicam com facilidade, apesar de que às vezes falam muito rápido e o estrangeiro pode ter que se esforçar um pouco para não se confundir. Difícil mesmo é pronunciar as palavras em náhuatl, a língua falada antes da chegada dos espanhóis. Tente dizer, por exemplo, Popocatépetl (montanha fumarenta) ou Iztaccíhuatl (mulher branca), nomes dados a dois dos principais vulcões mexicanos. Ou, que tal Nezahualcóyotl ou Cuautitlán Izcalli, duas pequenas cidades do estado do México? Curioso da origem das palavras e apaixonado por línguas, meu pai comprou logo um dicionário de náhuatl, idioma que há pouco tempo voltou a ser ensinado nas escolas mexicanas. Várias comunidades rurais, inclusive, ainda falam cotidianamente o náhuatl e seus derivados. A título de curiosidade, as palavras tomate, chocolate e abacate têm origem nessa antiga língua, também chamada asteca ou mexica.

O trânsito na Cidade do México, claro, é bem pesado. Pegamos alguns congestionamentos bastante demorados, e pudemos ver que os motoristas adoram buzinar. Engraçado de ver são os guardas de trânsito, que estão aos montes nos cruzamentos mais loucos que já vi. Para controlar a maluquice eles se utilizam de uns apitos super histéricos, capazes de parar até trem. Exageros à parte, o que ainda salva um pouco o caos na cidade, fora dos horários de pico, são as várias opções de transporte público (metrô, metrobus e ônibus), o fato de não haver muita motocicleta nas ruas, e uma razoável malha de ciclovias. Aos domingos, assim como na nossa capital federal, a avenida principal (Paseo de La Reforma) é fechada e só podem circular pedestres e ciclistas.

Se você gosta de cultura...

Pra quem gosta de cultura e história, certamente a Cidade do México é um prato cheio. Há ruínas astecas, maias, mixtecas, toltecas, mexicas e o que mais você puder imaginar espalhadas por toda parte. É uma versão americana de Roma, onde se encontram restos de uma civilização em cada canto. O chamado “centro histórico” é tombado pela Unesco e, como todo o Vale do México, foi construído em cima do leito do lago Texcoco. Por isso, até hoje algumas áreas correm o risco de desabar e pode-se ver, a olho nu, algumas construções já bastante entortadas.
Praça da Constituição, conhecida como Zócalo

A cidade foi fundada por volta do século XIV como capital do império asteca e com o nome de Tenochtitlán. Os colonos espanhóis, ao invadirem o local, o destruíram completamente e reconstruíram a nova cidade nos moldes de exploração a que estavam acostumados. No centrão da cidade, onde hoje funciona a administração do país, está a Praça da Constituição, também chamada de Zócalo. É uma praça imensa. Tomando uma lateral inteira está o Palácio Nacional onde, além de sede do Executivo, é um local de visitação obrigatória para quem quer ver os murais de Rivera.
Fantásticos murais de Rivera no Palácio Nacional
Outros dois lados são tomados por escritórios públicos, secretarias de governo e muitas, muitas joalherias. 


No lado da frente está a Catedral Metropolitana, um dos mais antigos templos católicos romanos do continente americano, e o Tabernáculo Metropolitano, ambos monumentais e em estilo gótico. O Zócalo é, sem dúvida, um dos locais de maior movimentação turística da cidade e ali também é o único lugar onde se pode contratar uma bicitaxi, veículo responsável por salvar os turistas dos grandes engarrafamentos em percursos curtos e preços altos. É dali também que saem os turibus, ônibus de turismo com vista panorâmica que percorrem os pontos mais importantes da cidade.
Bellas Artes vista do alto da Torre

Dois outros importantes pontos do centro da cidade que não se pode deixar de visitar são o Palácio de Bellas Artes e a Torre Latinoamericana. No primeiro estão painéis de Rivera, Rufino Tamayo, Orozco e Siqueiros, e funciona tanto como museu quanto como teatro. Com uma arquitetura magnífica em estilo art déco, o Palácio foi construído em mármore de Carrara e atualmente abriga apresentações de grandes espetáculos musicais, como sinfônicas e óperas. Fica localizado no final da Alameda Central, um grande bulevard arborizado que acompanha toda a Avenida Juárez.

Já a Torre Latinoamericana serve de mirante para toda a megalópole numa altura de 44 andares. Lá de cima tem-se uma vista de 360 graus em que se percebe que apesar de ser uma das maiores cidades do mundo, não se vê arranha-céus como em São Paulo ou Nova Iorque. O horizonte, sim, nos lembra que se trata de uma cidade super povoada. O ar no Vale do México, de tão poluído, encobre de nossa visão as partes mais afastadas do centro histórico.

Se você gosta de história...
Impressionantes ruínas do Templo Mayor

Um pouco mais atrás da Praça da Constituição está o Templo Mayor, que é um dos maiores sítios arqueológicos da capital. Construído como local de adoração dos astecas aos deuses Huitzilopochtli (da guerra) e Tlaloc (da chuva e da agricultura) por volta de 1325, o templo foi destruído pelos colonizadores e só voltou a ser descoberto no século passado. Apenas em 1978, por acaso, foram descobertas evidências concretas da existência do templo e para que ele pudesse ser totalmente escavado e colocado em condições de visitação e preservação foi necessária a demolição de treze edifícios. Sob o solo foram encontrados mais de 7 mil objetos, entre oferendas, efígies, objetos e utensílios domésticos, esqueletos de animais, cerâmicas e máscaras. Todo esse material está no Museu do Templo Mayor, que funciona ao lado das ruínas.
Praça das Três Culturas: indígena, espanhola e moderna

Outro bom exemplo das civilizações antigas que povoaram a região é o que hoje está transformado na Praça das Três Culturas, onde funcionou a cidade asteca de Tlatelolco e foi fundada a primeira igreja católica das Américas (a igreja representa a cultura espanhola). Nas escavações da antiga cidade (cultura asteca) foram encontrados 54 ossadas, entre elas as de um casal (uma mulher de 35 anos e um homem de 55 anos) abraçado. Os esqueletos estão expostos até hoje numa caixa de vidro e são carinhosamente conhecidos como “Os amantes de Tlatelolco”. A terceira cultura, que dá nome à praça, seria a moderna, representada por altos edifícios que a circundam.
A Pirâmide do Sol tem 65 metros de altura. Haja fôlego!

Ainda para quem curte história antiga, Teotihuacán é um lugar inesquecível. A pouco menos de 50 km do centro do DF, é uma das cidades arqueológicas mais preservadas da mesoamérica. Dizem que foi construída por volta do ano 100 a.C. e no seu apogeu pode ter chegado a ter 125 mil habitantes. Hoje o que encanta turistas de todo o planeta são as duas enormes pirâmides, do Sol e da Lua, e mais uma esplanada chamada de Avenida dos Mortos, composta por pequenas pirâmides de ambos os lados em cujos interiores estariam sepultados os nobres que por ali viveram. 

Se você gosta de comprar...

Na mesma região de Teotihuacán pode-se fazer uma visita a uma produtora de pulque, uma bebida alcoólica típica feita de água de agave. Essa planta, da família das cactáceas, produz quatro litros de “água miel” por dia durante seis meses depois que ela completou oito anos de vida. Essa água adocicada e transparente é guardada em barris de madeira e 24 horas depois já está fermentada, com uma cor leitosa e pronta para o envase e consumo. Do que sobra do agave é feito papel e linha para tecer tapetes e roupas. Depois de toda a explicação feita pelo pulqueiro, o visitante é convidado a provar da bebida e a conhecer a lojinha de produtos artesanais. Um passeio bastante interessante.
Um brinde com pulque feito no local


E por falar em produtos artesanais, é difícil ir à Cidade do México e não tirar pelo menos um dia para visitar os mercados populares. Particularmente escolhi o Mercado de La Ciudadela porque já tinha sido informada de que é um dos mais baratos e também porque fica a duas quadras do nosso hotel. Para os amantes das artes populares, é simplesmente um paraíso. Vá com calma, dê um giro por todo o mercado e só depois comece a comprar o que mais gostar. É que quanto mais se olha, mais coisas lindas tem para se ver. 
Máscaras belíssimas em cerâmica pintada
Pratos de talavera, pintura vitrificada em cerâmica
As catrinas de barro são espetaculares


Alebrijes, feitos um a um, à mão, em diversos formatos
A criatividade dos mexicanos é quase tão grande quanto a dos pernambucanos (!!!). Em cada um dos 31 estados do país há uma variedade incrível de estilos e materiais empregados na manufatura artesanal. A talavera, por exemplo, é uma técnica de cerâmica vitrificada e colorida manualmente típica de Puebla. Os alebrijes são animais com formatos de monstros multicoloridos esculpidos em madeira típicos de Oaxaca. Peças em prata, obisidiana, vidro, roupas e bolsas bordadas, réplicas de achados arqueológicos... há uma infinidade de objetos para admirar e comprar.

Se você gosta de museus...

No extremo oposto ao Zócalo, pelo Paseo de La Reforma, está o Bosque de Chapultepec, mais ou menos a uns três quilômetros do nosso hotel. É nada menos que uma área verde de 600 hectares em pleno coração da Cidade do México, com jardins impecavelmente bem cuidados, em que abundam diversos tipos de esquilos e uma espécie de ave parecida ao corvo, meio azulada e com um rabo bem longo chamada Zanate Mexicano. Dentro de um mesmo espaço pode-se visitar o Museu Nacional de Antropologia, o Museu de Arte Moderna, o Zoológico Nacional, o Jardim Botânico do México e o Castillo de Chaputelpec. Ali também se pode andar de trenzinho, pedalinho e tirar uma foto montado num cavalo de madeira com ponchos e sombreiros de verdade.


Uma das salas do Museu Nacional de Antropologia

Réplica da fachada de uma cidade antiga
Chac Mool, famosa estátua de pedra pré-colombiana
O Museu Nacional de Antropologia e História é tão importante que foi recentemente classificado pela TripAdvisor como o segundo melhor museu do mundo, atrás apenas do Instituto de Artes de Chicago. Basta dizer que logo na primeira parte da visita damos de cara com Lucy, o fóssil de 3,2 milhões de anos encontrado em 1974 na Etiópia e que por algum tempo foi considerado o hominídeo mais antigo conhecido pelos estudiosos. Nesse museu, além de uma seção especial para explicar os fatos mais importantes da ciência arqueológica, seguem-se outras salas dedicadas ao povoamento das Américas e especificamente sobre as culturas que habitaram o México. Passamos seis horas lá dentro e não conseguimos percorrer todas as salas. Vale a pena tirar um dia inteiro ou até mais para ver um dos acervos mais impressionantes de arte e sociologia antiga do mundo.
Lucy, 3,5 milhões de anos

Papai contemplando achado arqueológico
Museu de Arte Moderna

O Museu de Arte Moderna, que está completando 50 anos, tem uma arquitetura incrível e homenageia postumamente seu criador, o badalado arquiteto mexicano Pedro Ramírez Vázquez, também responsável pelos projetos da Basílica de Guadalupe e do Estádio Asteca, com uma exposição. De seu acervo permanente fazem parte mais de 2 mil peças de 773 artistas e joias da arte mexicana como algumas das telas mais importantes de Siqueiros, Orozco, Rivera e Tamayo, além de obras famosas como “Las dos Fridas”, de Frida Kahlo, e “La Huida”, de Remedios Varo, e ainda um jardim de esculturas. 
Bosque de Chapultepec com o castelo ao fundo

Já o Castillo de Chapultepec fica no alto da colina de Chapultepec, ou seja, el Cerro Del Chapulli, ou “Colina do Gafanhoto”. O castelo foi construído em 1785, na época do vice-reinado da Nova Espanha e desde então teve diversos usos, desde moradia para os nobres comandantes do país até academia militar. Atualmente serve de museu. Seus luxuosos cômodos guardam uma boa parte da história mexicana, contada por meio de documentos, fotos, quadros e mobiliários que sobreviveram a distintas fases e administradores.



Tivemos a sorte de ver o Popocatépetl soltando fumaça

Se você gosta de vulcões...

Mesmo tendo programado uma viagem exclusiva à Cidade do México, já que a quantidade de atrações ali é suficiente para vários dias de passeios, uma fugidinha até Puebla foi uma excelente opção para não voltarmos para casa sem ver os vulcões. Puebla fica a 135 km da capital federal, e no caminho passamos por três vulcões inativos: o Popocatépetl, o Iztaccíhuatl, e o Malintzin. Se tiver tempo, o turista pode praticar montanhismo, escalada e rapel por ali. Se não, pode simplesmente admirar de longe e, com sorte, ver umas cusparadas de fumaça.

Santuário Virgen de los Remedios, em Cholula

Em Puebla está o bairro de Cholula, onde o Santuário da Virgem dos Remédios foi construído em cima da base de uma pirâmide considerada a maior do mundo (Pirâmide de Tepanapa), com 450 metros de lado. Do alto do morro onde está a igreja é possível admirar uma linda vista da cidade com o Popocatépetl ao fundo. 

Ali perto fomos surpreendidos por uma igreja absolutamente espetacular. Ela foi construída pelos espanhóis levando em consideração a cultura indígena, ou seja, todos os adornos têm características dos povos que habitavam a região antes da chegada dos europeus. O Templo de Santa Maria Tonantzintla (“lugar de nuestra madrecita”) é tão bonito que não se permitem fotos do seu interior. Os administradores do local vendem as fotos na saída. Do piso ao teto, não há um só espaço vazio. Tudo é tomado por esculturas de anjos, santos, animais, flores e toda uma iconografia em cores fortes, bem diferente do tradicional branco e dourado das igrejas católicas comuns.
Santa Maria de Tonantzintla, simplesmente linda

Ainda em Puebla existe um amplo centro histórico, com ruas longuíssimas, praças e monumentos. Há também o centro cívico, com os fortes de Guadalupe e Loreto, onde um pequeno exército de mexicanos venceu os invasores franceses em 1862. São símbolo da região ainda, além das cerâmicas vitrificadas apelidadas de talaveras, sua gastronomia, principalmente o Mole Poblano e os Chiles en Nogada. Os doces poblanos também são uma atração. Há inclusive, uma rua, a Calle de Santa Clara, também conhecida como “Calle de los Dulces”, em que todas as lojas vendem doces, biscoitos e “rompopes” (licor de ovo com leite e baunilha, que era feito originalmente pelas freiras dos conventos de Puebla e hoje é internacionalmente conhecido).
Lojinhas de doces e talaveras, em Puebla


Um detalhe interessante e que talvez só seja notado quando se deixa a Cidade do México por via terrestre é a quantidade de favelas em morros nos arredores da capital. Tal qual no Brasil, a desigualdade social, a corrupção e o tráfico de drogas são endêmicos no México e isso provocou uma expulsão dos mais pobres para a periferia, o que explica o fato de que a Cidade do México tem uma das rendas per capita mais altas do mundo. Assim como no Plano Piloto da capital brasileira, ali estão concentradas as maiores fortunas do país. A sensação de riqueza, segurança e limpeza, no centro da capital mexicana é inversamente proporcional às que se tem em outras cidades do país norte-americano.

Se você gosta de caveiras...
Caveiras espalhadas por todo lado

Como se não bastassem tantas e tantas atrações, que ainda renderiam aqui muitas horas de conversa, o México cultua seus mortos e fez com que essa tradição se transformasse numa de suas maiores riquezas turísticas nos dias de hoje. Pessoas do mundo inteiro visitam o México no final de outubro e início de novembro para participar das festas de Día de Muertos. Tradição originada do sincretismo entre as crenças pré-hispânicas que há mais de 3 mil anos já rendiam suas homenagens e faziam oferendas aos mortos e a cultura hispânica, que cultua todos os santos no dia 1º de novembro e os finados no dia 2. O México vira festa, quase um Carnaval, a partir do dia 31 de outubro. As pessoas saem pelas ruas fantasiadas, seja de caveira, de bruxa, monstro ou até super-herói ou espantalho. 






Protesto contra desaparecimento de jovens
Nas ruas, vale qualquer tipo de fantasia








Segundo a tradição mexicana, no dia 1º de novembro as almas das crianças mortas vêm visitar seus parentes na terra. É, portanto, o dia de festejar sua presença, oferecer-lhes brinquedos e doces, especialmente as caveirinhas de açúcar e os pães de mortos, feitos especialmente nesta época. O dia seguinte é a vez das almas adultas, que vêm compartilhar com seus familiares e amigos um dia de festa e homenagens. Por isso os mexicanos enfeitam as ruas e os túmulos dos cemitérios com milhares de flores amarelas, chamadas Cempasúchil (nosso conhecido “cravo de defunto”), velas, fotos, mensagens, comidas, bebidas e todo tipo de
oferendas. Há barracas de comidas e artesanato por toda parte com produtos ligados à festa, sendo “La Catrina” o personagem mais típico. Trata-se do esqueleto de uma dama da alta sociedade e esposa do senhor do reino dos mortos criada por José Guadalupe Posadas que se tornou o símbolo mais popular da festa mexicana. 

Caveirinhas de chocolate são muito consumidas


Nas pastelarias, até os bolos têm temas fúnebres


Para os antigos indígenas mexicanos, o destino das almas ao desencarnarem tinha a ver com o tipo de morte que lhes coubera e não com o seu comportamento em vida. Assim, as almas eram divididas, na visão dos indígenas, entre as que morriam por questões ligadas à água, ao fogo, ao parto, às guerras e à escravidão. A cada uma delas correspondia um caminho. E é para garantir que elas não se percam ao final da visita anual à terra que eles desenham caminhos de flores, acendem velas e queimam incensos. O Día de Muertos do México é considerado pela Unesco, desde 2003, “Obra Mestra do Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade”.
O Zócalo, lotado de gente nos três dias de festa

Detalhe de um altar de oferendas no Zócalo

No centro histórico da Cidade do México os principais pontos para se ver as festividades do Día de Muertos são o Zócalo e o Monumento da Independência. No Zócalo são montadas caveiras enormes e coloridas, um palco com apresentações musicais e altares com oferendas a mortos famosos e nem tanto. Este ano havia um painel com fotos que podiam ser enviadas via Instagram e eram transmitidas em tempo real, uma oportunidade de as pessoas homenagearem publicamente seus entes queridos mortos. 
Cempasúchil, a flor típica do Día de Muertos


No Monumento da Independência vimos também apresentações musicais, exposição de um luxuoso carro fúnebre com uma caveira na direção, estátuas de personagens do filme de animação Festa no Céu e uma encenação interessantíssima da Catrina dialogando com o Tio Sam, ambos em pernas de pau. A Catrina argumentava que o México tem suas próprias tradições e não iria se curvar à influência estadunidense. O Tio Sam, segurando um boneco em miniatura do presidente mexicano Enrique Peña Nieto, ria, sarcástico. A Catrina puxava um coro com a plateia: "Día de Muertos, sí! Halloween, no!". Ali também assistimos a um curta-metragem belíssimo chamado "Carta de amor da morte para Frida", que falava sobre a constante aproximação da morte à pintora, que durante toda a sua vida sofreu por doença, acidente e dezenas de cirurgias.


Túmulo enfeitado com biscoitos,
grãos, pimentas e outros alimentos
Outro lugar muito concorrido pelos visitantes durante o período da festa é San Andrés Mixquic, no sudeste da Cidade do México, delegacão de Tláhuac. O centro da vila vira uma grande festa, com barraquinhas dos dois lados da rua principal que desemboca no cemitério. Uma verdadeira multidão comparece ao bairro nos dias de festa. Além do Museu de Calaveras, pode-se ver também uma exposição de caveiras em situações históricas feita por crianças das escolas locais e diversas apresentações musicais. 


Casal visita túmulo de filho, enfeitado com brinquedos
O cemitério de Mixquic recebe milhares de visitantes
No cemitério de Mixquic, a movimentação também é enorme. Durante o dia as famílias enfeitam os túmulos com todo tipo de oferendas. É mais uma festa para os olhos. E à noite, a peregrinação continua, agora com milhares de velas acesas e muita fumaça de incensos queimando. 

O respeito aos mortos mantém as pessoas quietas, mas não há choro nem desespero. Todos parecem estar tranquilos, recebendo a visita dos que já foram, matando as saudades e lembrando "causos" que viveram juntos em outras épocas. Para os mexicanos, enquanto forem lembrados, os mortos estarão vivos.

Para além do vai-e-vem de gente entre os túmulos, o que se ouve é o som dos shows que rolam no palco bem ao lado do cemitério, ou seja, ora escuta-se uma tranquila música clássica ou new age, ora rock and roll ou o mais legítimo country norte-americano.



Alguns preços na Cidade do México (anotados aleatoriamente):

Diária para duas pessoas em hotel com café da manhã - $ 551 MNX ou R$ 130,00
Água mineral com gás - $ 27 MNX ou R$ 6,35*
Água mineral é sempre com gás. Se quiser sem gás, peça água natural.
Água natural sem gás - $ 16 MNX ou R$ 3,7
Café expresso simples - $ 25 MNX ou R$ 5,80
Café com leite grande - $ 37 MNX ou R$ 8,7
Refrigerante - $ 16 MNX ou R$ 3,7
Passagem de metrô - $ 5 MNX ou R$ 1,17
Passagem de ônibus comum - $ 5,60 MNX ou R$ 1,31
Litro da gasolina - $ 13 MNX ou R$ 3,05
Arroz (900 g, no supermercado) - $ 7,90 MNX ou R$ 1,85
Feijão (900g, no supermercado) - $ 7,00 MNX ou R$ 1,64
Buffet mexicano* (Almoço em esquema de self service sem balança) no Restaurante – $ 160 MNX ou R$ 37,64  *No Restaurante Villa Rosa, em Puebla
Entrada para o Museu de Antropologia - $ 59 MNX ou cerca de R$ 14,00
Museu Frida Kahlo – Entrada a $ 100 MNX ou R$ 23,50 e mais $ 60 MNX se for fotografar no interior da casa (R$ 14,00)
Ingresso para subir até a cobertura da Torre Latinoamericana - $ 70 MNX ou R$ 17,00
Passeio de uma hora nos canais de Xochimilco - $ 600 MNX pelo barco todo, independentemente da quantidade de pessoas, ou R$ 140,00
Almoço na trajinera de Xochimilco (arroz, tomate, carne assada e pimentões) - $ 120 MNX ou R$ 28,23
Cerveja Corona na trajinera de Xochimilco - $ 25,00 MNX ou R$ 5,88
Excursão de um dia para Puebla em van para 8 pessoas - $ 650 MNX por pessoa ou R$ 153,00
Sábanas norteñas* (Fino corte de filé coberto com feijão em creme, queijo derretido, cebolas e pimentões) - $ 98 MNX ou R$ 23,00 *No próprio hotel
Pierna de Cervo* (Porção grande de carne de porco acompanhada por molho escuro e salada) - $ 105 MNX ou R$ 25,00  *No Restaurante El Rey Del Pavo, no centro histórico da Cidade do México
Quesadilla de jamón* (Espécie de tortilha de milho com presunto e molho) - $ 75,00 MNX ou R$ 15,00  *No Restaurante El Rey Del Pavo, no centro histórico da Cidade do México
Vestido em algodão com bordados típicos do México no Mercado de La Ciudadela ($ 300 MNX ou R$ 70,00
Camiseta com estampas de Frida Khalo ou de caveiras no Mercado $ 250 MNX ou R$ 58,00
Uso do banheiro (há muitos WCs privados em casas e lojas, bastante limpos) $ 4 MNX ou R$ 1,00
A gorjeta no México não é obrigatória, mas comumente é de 15%.

Outros lugares para visitar:

Basílica de Guadalupe – Só perde para a Basílica de São Pedro, em Roma, em volume de visitação. Como um dos santuários mais importantes do mundo, chega a receber 20 milhões de fiéis anualmente. É composta por várias igrejas e capelas, entre elas duas basílicas, uma do século 16 e outra construída em 1974. Esta segunda foi erguida porque a mais antiga estava começando a afundar devido ao terreno movediço da Cidade do México. Seu arquiteto foi o renomado Pedro Ramírez Vásquez, o “Niemeyer mexicano”.

Estádio Azteca – Para os amantes do futebol, um estádio lendário. Ali o Brasil ganhou a final da Copa do Mundo de 1970, com Pelé, e ali o baixinho Maradona fez, em 1986, duas de suas jogadas mais conhecidas: o gol "La Mano de Dios" e o chamado "gol do século", em que o baixinho portenho, saindo de seu campo de defesa, driblou seis jogadores ingleses para fazer o que a Fifa considera o gol mais bonito de todos os tempos. É o terceiro maior estádio de futebol do mundo.

Plaza de Toros – Também chamada de “La Monumental”, ainda hoje exibe corridas de touros, além de shows musicais e torneios de luta livre.

Anahuacalli - Casa Museu Diego Rivera

Plaza Garibaldi - Onde há apresentações de mariachis à noite.

Bairros boêmios de Condesa, Polanco, Zona Rosa e Roma.

Turibus - Ônibus turístico com guia que realiza vários circuitos diferentes pela Cidade do México. Saída no Zócalo, ao lado da Catedral Metropolitana.

Mais fotos:


Milho cozido e descaroçado
Há várias espécies de milho no México


Día de Muertos em frente ao Bellas Artes
Montagem de oferenda no centro da cidade
A criatividade é exercida em cada altar de muertos
As pessoas capricham nas fantasias
Há até caveiras de Frida Kahlo
Cemitério e Paróquia de San Andrés Mixquic
Todos fazem questão de visitar seus entes queridos
Os arranjos são preparados com carinho
Há quem passe o dia em companhia dos mortos
As crianças mortas ganham brinquedos
E as crianças vivas também se divertem
As velas podem ser simples ou estilizadas
Brinquedos artesanais típicos do México
Fachada da casa onde Frida Kahlo morou toda a vida

Vista externa do ateliê de Frida e Diego na Casa Azul
O casal colecionava peças de arte popular
Móveis e objetos coloridos 
Pequenas peças da coleção de Frida e Diego
Mais detalhes da casa do casal Kahlo Rivera
Detalhe do quarto de Diego Rivera na Casa Azul
O outro quarto de Frida na Casa Azul
Jardim de Frida e Diego na Casa Azul
Declaração de amor de Diego a Frida, no meio do jardim


Outro ângulo dos jardins da Casa Azul
Altar de Día de Muertos na casa museu de Frida
Detalhe das oferendas a Frida Kahlo em sua casa
Outro detalhe do cenário de mortos da Casa Azul
Manifestação contra o desaparecimento de 43 jovens
As ruas ficaram todas pichadas depois da passeata
Manifestante pichando. O comércio fechou mais cedo
Estudantes preparam faixas para o protesto
Várias universidades se uniram para pedir justiça
A passeata daquele dia ocupou os 8km do Paseo
Os estudantes vieram de várias partes do país
Todos revoltados com o desaparecimento dos 43
"Vivos se los llevaram, con vida los queremos, YA!"
Faixas enormes com os rostos dos desaparecidos

Meus outros blogues de viagem são:

serradacapivara2016.blogspot.com

cubanaoeparaosfracos.blogspot.com

santiagodochileparainiciantes.blogspot.com